quinta-feira, 14 de julho de 2011

2 anos


"- Sabes, mãe, ontem estive a ler o livro do avô.
- Sim?
- E tenho sempre a mesma sensação. Continua-me a parecer que não é verdade. Acho sempre que o avô vai entrar de repente. E já passaram dois anos..."

A Catarina, ontem.
E esta sensação que partilhamos. O avô António tinha uma presença tão intensa, tão cheia, que custa a crer que não voltará a estar connosco. Na Várzea, em Cabanas, em Lisboa, nas nossas casas ou na dele.
Mas por ter sido tão intensa, essa presença faz agora parte de nós. Acontece, muitas vezes, falarmos dele a propósito de tudo e de nada, de pequenas coisas que o trazem à memória e à conversa.

Sem comentários:

Enviar um comentário